O olhar

O olhar
Vitral

domingo, 29 de novembro de 2009

domingo, 8 de novembro de 2009

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Eu e o Mosaico

Ao iniciar a arte do Mosaico pouco sabia. Não buscava o resultado acabado, e sim o processo de criação, no qual o percurso do preencher o vazio seria meu mestre.
A percepção da possibilidade de movimento e o olhar de uma nova perspectiva, mostra que cada espaço preenchido dá origem a um novo. Era o iniciar de um diálogo com o Mosaico, um desafio a minha capacidade de concentração, a calma e a ansiedade de ver o fruto do esforço possibilitando a transformação. Perceber que cada pedra é única, e em sua busca por uma outra, um pequeno corte angular faz a diferença.
O espaço pede a forma, e só assim é possível agir e criar.
O espaço abre infinitas alternativas, mas é preciso escolher e definir, e algumas vezes saber destruir para continuar o caminho.
O espaço é infinito em suas possibilidades de arranjos, combinações, e formas, mas o seu limite está em seus contornos, apenas assim ele existe.
Então aparece a necessidade de duas cores ,e assim o conceito de figura e fundo para poder existir,distinguir, a forma pede a cor, que seja a linha ou campos delineados.
Cada pedrinha a ser preenchida é como uma pincelada, que requer o cuidado nas linhas, nos contornos e na cor. Juntar, reunir, agrupar em um sentido.
A arte do mosaico é um grande espelho. Um espelho que conta a história de um lugar e de um povo, ao caminharmos por calçadas, fachadas e moradias. Ao vermos templos, igrejas e catedrais. E conta uma história própria... aqui nesse espaço, a minha.